sexta-feira, 29 de março de 2013

FELIZ PÁSCOA!

A A.D.I., deseja a todos uma Santa e Feliz Páscoa! Ainda hoje somos homens e mulheres de passagens; somos filhos da Páscoa. Os mares existem; os cativeiros também. As ameaças são inúmeras. Mas haverá sempre uma esperança a nos dominar; um sentido oculto que não nos deixa parar; uma terra prometida que nos motiva dizer: Eu não vou desistir! E assim seguimos. Juntos. Mesmo que não estejamos na mira dos olhos. O importante é saber, que em algum lugar deste grande mar de ameaças, de alguma forma estamos em travessia... Pe. Fábio de Melo

Diabéticos podem comer ovos de Páscoa?

O que fazer quando se tem diabetes e a vontade de se deliciar com os presentes do coelhinho bate à porta? Poucos resistem a um chocolate. Muito menos na época da Páscoa, quando é impossível entrar em um supermercado e não se deparar com verdadeiras “tendas” decoradas com os tradicionais ovos de chocolate dos mais diversos tipos, em embalagens de apelo visual tentador. Segundo o cirurgião vascular Jackson Caiafa, diretor-presidente do Centro Integrado de Diabetes, o chocolate é um alimento que desperta sensação de bem-estar porque atua diretamente no cérebro, é energético e, de quebra, pesquisas mais recentes mostram que faz bem ao coração porque contêm antioxidantes provenientes da semente do cacau. Alguns estudos indicam também que a gordura do chocolate não eleva o colesterol. Ele explica que todos esses benefícios não tornam seu consumo liberado no que se refere às quantidades: precisamos pensar em seu valor calórico. A nutricionista do CID, Carla Marques, explica que o ideal é limitar o consumo a 30 gramas por dia. Para se ter uma noção do que isso significa um Bis, por exemplo, tem 7,5g; um bombom Alpino tem 15g. Cada 30 gramas de chocolate ao leite têm em média 170 Kcal e um bombom Sonho de Valsa, que pesa 24 gramas, tem 114 Kcal. Quem tem diabetes não precisa restringir-se ao chocolate dietético. Para consumir o chocolate normal, é preciso apenas ter controle da quantidade de carboidratos diária. O chocolate ao leite de 30 gramas de peso tem em média 15 gramas de carboidratos (veja abaixo alguns exemplos de chocolate que contêm essa quantidade de carboidratos)” diz Caiafa. Se o chocolate for recheado, porém, esse cálculo é diferente. É o caso de um chokito, que tem 32 gramas, mas contêm 24g de carboidratos. Além de calcular a ingestão de carboidratos, o portador de diabetes pode procurar amenizar os efeitos do chocolate sobre a glicemia consumindo o produto após a refeição, em substituição a uma sobremesa. A presença de outros nutrientes, inclusive fibras, faz com que a absorção não seja tão imediata, diminuindo a possibilidade de uma hiperglicemia. Por isso, é aconselhável ingerir o chocolate associado a uma fonte de fibra, uma fruta, por exemplo. Se preferir, a dica é derreter o chocolate ao leite e molhar nele morangos, damascos, pedaços de maçã. Espera-se esfriar e pronto. A sobremesa é apetitosa e tem menor quantidade de chocolate. Mas, atenção, os especialistas alertam: não vale exagerar para não extrapolar no carboidrato da fruta. Se optar pelo chocolate apenas, o cálculo deve ser o de que 15g de carboidrato desse alimento podem substituir um pequeno pedaço de fruta, uma xícara de leite, uma fatia de pão ou 1/2 xícara de cereais. Vale ressaltar que se houver exagero pode-se compensar ingerindo mais fibras – que são carboidratos complexos -, líquidos não calóricos e sem glicose, como os chás, principalmente o verde que tem antioxidantes. O chocolate amargo é o mais rico em antioxidantes porque tem mais massa de cacau e menos manteiga de cacau; o chocolate ao leite, como recebe leite em pó na massa, tem mais proteínas e cálcio, e o branco não traz muitos benefícios, já que é praticamente composto de manteiga de cacau. Outro cuidado indispensável é promover o ajuste na dose de insulina de acordo com a proporção de carboidrato ou conforme recomendação médica. Fonte : aprendafazer.net

Adolescência e Diabetes

Parece haver uma concordância no que diz respeito à instabilidade do controle do diabetes na adolescência, explicada por observações muito difundidas de que os transtornos emocionais podem agravar a dificuldade do controle e do tratamento nesta fase do desenvolvimento humano. Ocorrem flutuações, amplas e rápidas na taxa de glicose no sangue por diversos motivos, que podem adquirir proporções, ainda maiores, na adolescência — período caracterizado por conflitos relacionados a alterações biopsicossociais, ou seja, alterações corporais com o aparecimento dos caracteres sexuais secundários, nas quais o adolescente perde a identidade de criança e se vê obrigado a buscar uma nova imposta sócio-culturalmente. A situação conflituosa do jovem começa com as mudanças corporais: alteração no timbre de voz, aparecimento de pêlos, desenvolvimento dos seios, definição do papel na procriação, concomitantemente, às mudanças psicológicas. O adolescente sente que deve planejar sua vida, controlar as mudanças, adaptar o mundo externo às suas necessidades. Ao mesmo tempo ele sente-se ameaçado e inseguro. Sua hostilidade frente aos pais e ao mundo em geral se manifesta na sua desconfiança, na idéia de não ser compreendido, na rejeição à sua realidade e ao tratamento do diabetes. Não apenas o adolescente que sofre com esse processo, os pais também experimentam este conflito, vivem o luto pelos filhos, luto pela perda do corpo pequeno do filho, pela sua identidade de criança e pela relação de dependência infantil. Com a possibilidade de renovação, através de contestações e questionamentos, o adolescente arrasta as pessoas à sua volta rumo ao seu processo de libertação, atingindo aqueles que, até agora, representavam seus limites. Sob o clima de excessivo controle ou demasiada liberdade, resultado da inadequada resolução dos próprios conflitos emocionais com os pais, insinua-se uma atmosfera de franca rivalidade. Faz-se necessário que haja, por parte dos pais e da equipe multiprofissional que o assiste, conhecer e compreender a fase que envolve a adolescência — suas características e o quanto estão envolvidos por esta fase —, já que estar diante de um adolescente e experimentar sua adolescência os remetem à própria e, conseqüentemente, aos conflitos que não foram resolvidos naquela época. Os pais precisam ter o conhecimento da oscilação entre a dependência e independência experimentada pelo adolescente nesse período, sendo necessária uma atitude de desprendimento em relação ao filho, concedendo-lhe uma liberdade com limites, que implica em cuidados, cautela, observação, contato afetivo permanente e diálogo, para que seja seguida gradativamente a evolução das necessidades e mudanças, tanto do adolescente quanto dos pais. Apoio mútuo na relação pais e filhos fomenta, para ambas as partes, segurança e aceitação no que diz respeito ao diabetes e seu tratamento, além de desempenhar papel significativo no processo de independência e responsabilidade por parte do jovem na manutenção de um adequado controle do diabetes. Na busca da identidade, o jovem recorre a alguns comportamentos e sentimentos para conseguir lidar com esta situação conflituosa: isolamento, necessidade de fantasiar, crises religiosas e políticas, mudanças rápidas de humor e busca a uniformidade. A busca pela uniformidade justifica a procura pelo convívio grupal, ao qual o jovem se vê tão inclinado. O grupo proporciona ao adolescente segurança e estima pessoal. Há um processo de superidentificação, já que o jovem pode transferir para o grupo parte da dependência que na infância era mantida com a estrutura familiar. A participação do adolescente portador de diabetes em grupos educativos, ou de convivência, será de fundamental importância para a aceitação do diabetes. Além da aquisição de conhecimentos teóricos e práticos acerca do diabetes e seu tratamento, o grupo propicia a troca de experiências individuais entre os membros que vão internalizando diferentes formas de pensar e sentir. O jovem começa a adquirir capacidade para assumir novos papéis e abandona outros que eram inadequados. Passa a ter consciência da própria identidade num nível real, o que significa aceitar e adaptar-se gradativamente ao diabetes e ao mundo Rosana ManchonRosana Manchon Psicóloga Clinica com experiência de 23 anos em Diabetes. Membro do Conselho Consultivo da ADJ - Associação de Diabetes Juvenil. Pós-Graduação em Psicologia Aplicada à Nutrição. Especialização em atendimento ao adolescente. Quinta-feira, 28 de Março de 2013 Fonte : www.portaldiabetes.com.br

Saiba mais : Contagem de Carboidratos

A palavra dieta significa " o conjunto de alimentos habituais que se ingere visando preencher as necessidades mínimas especificas para um individuo manter seu corpo " . Ela é importante para todas as pessoas. Durante anos, e lamentavelmente, essa expressão foi utilizada com significado particularmente distorcido e aplicada apenas para diabéticos e pacientes de outros males, associada a um sentido negativo. No caso do diabetes, uma dieta padrão e monótona era organizada e sua maior restrição era em relação ao açúcar, acreditando-se que ele aumenta mais a glicemia do que qualquer outro carboidrato. Com o passar dos anos muitas outras estratégias foram criadas , deixando os planos alimentares mais flexíveis e enriquecendo em muito a variedade de alimentos. A contagem de Carboidratos nada mais é do que uma estratégia para o controle da glicemia, pela qual se calculam as gramas de carboidratos que ingerimos nas refeições ou lanches, enfatizando a relação entre o alimento, atividade física, nível de glicemia e medicação. Esta ênfase nos gramas de carboidratos deve -se a que eles tendem a ter um efeito maior na glicemia. A idéia é que 100% do carboidrato, independente se proveniente de frutas, pães, doces ou leite é convertido em glicose, então ingerir uma quantidade de carboidrato estabelecida de carboidrato em cada refeição irá manter o nível de glicemia mais consistente , sem grandes variações. A contagem de carboidratos pode ser realizada por qualquer diabético e não apenas aqueles que se utilizam de insulina. Muitas vezes, portadores de diabetes pensam que devem evitar todas as formas de açúcar e assim podem devorar outras formas de carboidratos como frutas, leite, bolachas. Diabéticos podem ingerir açúcar desde que a quantidade total de carboidrato seja a mesma.No entanto, embora o açúcar não eleve a glicemia mais do que outros carboidratos, deve ser ingerido com outros alimentos saudáveis. Exemplificando : você e seu nutricionista estabeleceram que seu café da manhã conterá 45 gramas de carboidratos ( um pão francês com margarina, e um copo de leite ). Um dia você está na casa de um amigo e decide " gastar " seus 45 gramas de carboidratos em um copo de 200 ml de iogurte com açúcar, sem alterar sua glicemia. Em um outro nível de contagem, reservada apenas para aqueles em terapia intensiva ( várias doses de insulina ao longo do dia / bomba de infusão de insulina ), também é possível calcular quantas gramas de carboidrato você quer comer e o quanto de insulina deverá ser aplicada para atender a esta quantidade de carboidrato. Bem, agora que você já tem uma idéia do que é a contagem de carboidratos, o próximo passo é trabalhar com um nutricionista para que ele calcule suas necessidades diárias de nutrientes, levando em consideração seu estilo de vida, preferências, objetivos de tratamento. Juntos vocês estabelecerão a quantidade permitida de carboidrato em cada refeição, tendo sempre como grande objetivo uma alimentação saudável. Gisele Rossi Gouveia e Luciana Bruno são nutricionistas especializadas em Diabetes da Preventa Consultoria em Saúde Contato : preventa@uol.com.br Quinta-feira, 28 de Março de 2013 Fonte : www.portaldiabetes.com.br

Bahia ganha protocolo de insulinização

Entrevista com a endocrinologista Reine Marie Chaves da Fonseca, do Cedeba A partir de 15 de fevereiro de 2013, portadores de diabetes atendidos pelo SUS - Serviço Único de Saúde - na Bahia poderão receber do Estado análogos de insulina do tipo basal e ultra-rápida. Portaria elaborada pela Secretaria de Saúde nesse sentido foi anunciada em 14 de novembro, marcando as comemorações do Dia Mundial do Diabetes, e publicada no Diário Oficial em 15 de novembro. O benefício será estendido a quem tem diabetes tipos 1 e 2, desde que o interessado atenda a alguns requisitos básicos que demonstrem a necessidade de uso desses medicamentos, como a ocorrência de crises de hipoglicemia frequentes e níveis de A1C acima do recomendável, mesmo com a adoção de medidas terapêuticas já indicadas pelo médico assistente. Com a prescrição médica, o portador de diabetes vai solicitar as insulinas ao Cedeba - Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia, órgão ligado à Secretaria da Saúde. “A padronização do atendimento ao paciente com diabetes é resultado do trabalho de toda uma equipe e tem como objetivo permitir ao paciente do SUS, de forma racional, o acesso ao tratamento de vanguarda”, explica a endocrinologista Reine Marie Chaves da Fonseca, fundadora e diretora do Cedeba. A instituição está trabalhando para criar a estrutura de operacionalização e atendimento, o que inclui levantamentos para dimensionar uma previsão aproximada de demanda. “Ainda não sabemos qual será a procura, mas a estimativa do Ministério da Saúde é que entre 20% e 30% dos portadores de diabetes tipo 2 necessitem utilizar insulina”, avalia a médica. Ela não descarta, porém, a possibilidade de uma porcentagem maior, uma vez que as recomendações mais atualizadas preveem a insulinização do paciente em estágios ainda iniciais do diabetes. Criado há 19 anos, o Cedeba conta com cerca de 290 funcionários, sendo a maioria dos profissionais de saúde especializados no cuidado com o diabetes, entre médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais, farmacêuticos e outros. A instituição implantou ações de educação em 73% dos 417 municípios baianos e está atualmente em processo de reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde como centro de referência em educação em diabetes de nível internacional. fonte:http://www.mutiraododiabetico.com.br/noticias.asp?p=ler_noticia&cod_noticia=13057