segunda-feira, 28 de abril de 2014

Como funcionam os medicamentos para o diabetes?


Com a aprovação da alogliptina (Nesina) para o mercado brasileiro, pela Anvisa, uma velha questão volta a despertar o interesse de quem tem diabetes: como funcionam os remédios que usamos para controlar o diabetes? Será que eles são seguros mesmo?

Este artigo, então, vai explicar a você, caro leitor ou cara leitora, um pouquinho sobre eles. Atualmente, podemos dividir os medicamentos, de maneira geral, em dois grandes grupos: o grupo das insulinas e o grupo das medicações orais.

Os medicamentos orais são usados, quase em sua totalidade, por pessoas com diabetes tipo 2 – em alguns casos raros e específicos, sendo usados por quem tem diabetes tipo 1, como veremos adiante -, enquanto as insulinas são usadas por pessoas tanto com diabetes tipo 1 quanto diabetes tipo 2, e são a terapia indicada para as mulheres que têm diabetes gestacional.

INSULINAS

As insulinas são aquelas substâncias injetáveis que diminuem a glicemia. As insulinas que usamos hoje são feitas usando alta tecnologia e engenharia genética, para que seja a mais parecida possível com a insulina humana – e, em alguns casos, têm alterações estruturais da molécula para que tenham uma ação um pouco diferente.

Antigamente, quando a insulina foi descoberta, a insulina disponível era de boi ou de porco, o que causava reações alérgicas e resistência à ação da insulina. Você pode ver mais sobre a história da insulina clicando aqui e aqui!

Elas funcionam de uma maneira muito interessante. Sendo uma “cópia” quase perfeita da insulina endógena, o hormônio natural fabricado pelo pâncreas, ela vai atuar da mesma forma, basicamente sendo a “chave” para abrir a porta das células para que a glicose entre na célula.

A grosso modo, a insulina está na circulação sanguínea e se liga a um receptor nas células do corpo. Quando acontece essa ligação, uma molécula especial, que os cientistas chamaram de “transportador GLUT”, migra para a superfície da célula, e aí, a glicose entra por meio desse transportador.

O mais importante a se dizer sobre as insulinas é que elas não são as responsáveis pelas complicações e, se usadas da maneira certa, não têm efeitos colaterais.

Atualmente, temos cinco tipos de insulina disponíveis no mercado, e quatro deles no Brasil:

1. INSULINA NPH

Este é um exemplo da insulina NPH disponibilizada pelo SUS.

A insulina NPH é a insulina sintética à qual foi adicionada uma outra proteína e zinco para aumentar a duração durante o armazenamento e também aumentar o efeito dela no corpo. A sigla “NPH” significa “Neutral Protamide Hagedorn“, indicando essas adições. A insulina NPH tem início de sua ação em cerca de uma hora a uma hora e meia depois da aplicação, o pico de ação (ou seja , quando a ação dela é mais efetiva) em cerca de quatro horas, e tem duração máxima de cerca de 12 a 14 horas.

A insulina NPH é disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, e é uma das insulinas usadas como o tratamento inicial do diabetes insulinizado – seja tipo 1 ou tipo 2.

2. INSULINA REGULAR

A insulina Regular é a insulina sintética que é a “cópia” da insulina endógena, por assim dizer. Ela é que tem a ação mais parecida com a insulina fabricada pelo nosso corpo dentre todos os tipos de insulinas sintéticas. Tem início de sua ação em cerca de 30 minutos após a aplicação, pico de ação em cerca de duas horas, e duração máxima de três a quatro horas.

A insulina regular também é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde, e, juntamente com a NPH, é o tratamento inicial para quem tem diabetes e precisa de insulina. É possível, inclusive, realizar a contagem de carboidratos com a insulina regular, combinada à NPH.

3. INSULINAS ULTRALENTAS

As insulinas ultralentas são análogos de insulina – ou seja, substâncias que cumprem a mesma função da insulina – com modificações estruturais nas moléculas para que tenham uma duração aumentada. Por esse motivo, as insulinas glargina (Lantus) e detemir (Levemir) têm duração de mais de 18 horas, chegando a até 24 horas de duração. O início da ação acontece de três a quatro horas depois da aplicação e, curiosamente, por conta dessas modificações moleculares, elas praticamente não têm pico de ação – a ação delas é praticamente constante.

De acordo com o metabolismo de cada pessoa, a duração pode ser menor, o que faz com que algumas pessoas precisem aplicar a insulina ultralenta duas vezes ao dia. Muitas pessoas fazem uso de insulina NPH duas vezes por dia pelo mesmo motivo: a insulina é degradada – “destruída”, por assim dizer – no fígado, e aí, precisamos aplicá-la novamente.
As insulinas ultralentas são usadas juntamente com as insulinas regulares e ultrarrápidas para as terapias com contagem de carboidratos.

4. INSULINAS ULTRARÁPIDAS

Estas são as insulinas mais rápidas disponíveis no mercado. Também são análogos de insulina, porém, a molécula foi alterada de maneira a reduzir o tempo de ação, tornando a insulina mais efetiva a curto prazo. Por esse motivo, as insulinas lispro (Humalog), asparte (NovoRapid) e glulisina (Apidra) têm início de ação em 15 minutos após a aplicação, pico de ação em cerca de uma hora a uma hora e meia, e duração máxima de duas a três horas.

Pela ação extremamente rápida, elas são usadas para “queimar” os carboidratos ingeridos nas refeições, a glicose excessiva no sangue – principalmente em conjunto com as insulinas ultralentas e NPH para a terapia de contagem de carboidratos – e, inclusive, tratar a cetoacidose diabética, uma emergência clínica decorrente do diabetes descontrolado. Além disso, é o tipo de insulina usada nas bombas de insulina, aparelhos que administram microdoses de insulina continuamente.
grafico picos acao insulina diabetes

5. INSULINA DEGLUDEC

A insulina degludec (Tresiba) foi um lançamento da Novo Nordisk no último Congresso Mundial de Diabetes, no fim de 2013. Também é um análogo de insulina, cuja estrutura foi modificada para aumentar o tempo de duração e ainda teve zinco adicionado. Ela tem um funcionamento muito parecido com as insulinas ultralentas, porém, a grande diferença é o seu tempo de duração máxima, que pode chegar a quarenta horas, sem pico de ação.

A ideia é que isso flexibilizaria os horários para a aplicação de insulina durante a terapia de contagem de carboidratos, em combinação com as insulinas ultrarrápidas ou regulares. Ainda não está disponível no mercado brasileiro.

MEDICAÇÕES ORAIS

As medicações orais são usadas em sua maioria por quem tem diabetes tipo 2 ou tipo MODY, que é um tipo raro de diabetes associado a causas genéticas. Em alguns casos de diabetes tipo 1 com resistência à insulina, também são associados alguns medicamentos orais, porém, os casos são bem raros, uma vez que o aumento da dose de insulina já resolveria o problema da resistência – assim, em vez de uma aplicação e um comprimido, a pessoa só tem a aplicação.

Os medicamentos orais podem ser divididos nas seguintes classes: biguanidas, sulfonilureias, inibidores da dipeptil-peptidase-4 , análogos das incretinas e tiazolidinedionas.

1. BIGUANIDAS

As biguanidas são os medicamentos orais mais utilizados para o controle do diabetes. O maior representante dessa classe é a metformina, que foi descoberta no século XX e hoje tem seu mecanismo de ação bem conhecido.

A metformina auxilia no controle da glicemia ao diminuir a produção de glicose no fígado – um órgão que aumenta a glicemia sob a ação de diversos hormônios do corpo -, aumentar a sensibilidade das células à ação da insulina – e aqui é que ele pode ser usado em alguns casos específicos de diabetes tipo 1, que são a exceção dentre as exceções -, fazendo com que a insulina aja de maneira mais eficaz, e diminuindo a absorção de glicose no trato gastrointestinal – e esse é o motivo principal de ser tomado no horário das refeições.

Essa diminuição da absorção da glicose no trato digestório é o que pode causar um dos principais efeitos adversos da metformina, a diarreia. O excesso de glicose não absorvida nos intestinos faz com que aumente a quantidade de água nas fezes, que também não é absorvida, causando a diarreia – e, pela ação da flora intestinal nesse excesso de glicose, também surgem os gases, desconforto abdominal, e a imensa maioria dos efeitos adversos. Uma alimentação rica em fibras – ou seja, frutas e hortaliças – ajuda a diminuir os efeitos adversos.

Curiosamente, pelo mecanismo de ação da metformina, as chances de hipoglicemia são bem menores do que com qualquer outra medicação – tanto que ela é chamada de “euglicemiante”, e não de “hipoglicemiante” por algumas fontes de consulta.

A metformina é a primeira escolha de medicação para pacientes com diabetes tipo 2, e está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde.

2. SULFONILUREIAS

As sulfonilureias são medicamentos que, a grosso modo, estimulam a produção de insulina por parte das células beta do pâncreas. Como as pessoas que têm diabetes tipo 1 não conseguem produzir insulina, o efeito desses medicamentos é praticamente zero.

O mecanismo de ação é, primariamente, o estimulo à secreção de insulina e, secundariamente, a sensibilização dos receptores de insulina das células e diminuição da produção de glicose por parte do fígado.

Normalmente, eles são usados como a segunda escolha de medicação para pacientes com diabetes tipo 2. O grande problema é o uso indiscriminado, ou pior, a automedicação com as sulfonilureias – já que o paciente com diabetes tipo 2 já tem uma pré-disposição ao esgotamento das células beta, ou seja, com o passar do tempo, quem tem diabetes tipo 2 acaba deixando de produzir insulina, e vai precisar das aplicações de insulina – porque eles acabam acelerando o esgotamento da produção de insulina, de acordo com alguns estudos recentes.

Os medicamentos mais utilizados dentro dessa classe são a glibenclamida, glimepirida, tolbutamida e clopropamida, e podem, inclusive, ser combinados com a metformina.

3. INIBIDORES DA DIPEPTIL-PEPTIDASE-4 (DPP-4)

Os inibidores da dipeptil-peptidase-4 (DPP-4) são substâncias que lidam com um conceito muito comum no corpo humano. Em geral, os hormônios do corpo são autorregulados, ou seja, a mesma célula que os secreta percebe a concentração elevada deles no sangue e para de lançar a substância no sangue, ou são regulados por outros hormônios, ou seja, uma substância faz com que a célula que secreta uma outra substância pare de lançar essa outra substância na corrente sanguínea.

Parece confuso, mas é algo bem fácil.

No caso, para explicar o mecanismo de ação desse medicamento, precisamos explicar parte da função hormonal que ocorre durante a digestão.

Quando temos o alimento no intestino, alguns hormônios chamados incretinas são lançados na corrente sanguínea. Esses hormônios vão estimular a síntese e secreção de insulina por parte das células beta do pâncreas, além de inibir a secreção de glucagon por parte das células alfa do pâncreas – bem parecido com a função das sulfonilureias, percebeu?

As incretinas são reguladas por uma substância chamada dipeptil-peptidase-4 (DPP-4), que faz com que não haja estímulo ou inibição da insulina ou do glucagon, respectivamente – explicando de maneira simples, aperta o botão “liga-desliga” das incretinas.

Bem, e aqui, entram os inibidores da DPP-4. Por inibirem a ação dessa substância, eles favorecem a ação das incretinas, que por sua vez, aumentam a secreção da insulina. Dessa forma, essa classe de medicamentos estimula a secreção de insulina de maneira indireta.

Por funcionarem baseados na secreção de insulina, fica claro que esses medicamentos pertencem a uma classe que não pode ser usada por pessoas com diabetes tipo 1. Os inibidores da DPP-4 disponíveis no mercado são a alogliptina (Nesina), a sitagliptina (Januvia), saxagliptina (Onglyza) e linagliptina (Trayenta).

4. ANÁLOGOS DAS INCRETINAS – OU “AGONISTAS DO GLUCAGON-LIKE PEPTÍDEO-1″

Os nomes ficam cada vez mais estranhos, e precisamos ir cada vez mais fundo na fisiologia humana para entender esses medicamentos.

Como explicado anteriormente, as incretinas estimulam a síntese e secreção de insulina, além de diminuírem a secreção de glucagon. Uma das principais incretinas é chamada de Glucagon-like peptídeo-1, ou GLP-1. Essa incretina, além de cumprir a função de estimular a secreção da insulina, também atua diminuindo a velocidade do esvaziamento do estômago – causando uma maior sensação de saciedade, e por um tempo mais longo.

Assim sendo, essa classe de medicamentos atua ao “imitar” a ação do GLP-1. Alguns dos efeitos colaterais dos medicamentos são a náusea e vômitos, decorrentes do fato de o esvaziamento do estômago demorar mais.

Outro efeito que também pode acontecer é a perda de peso, uma vez que a pessoa sentirá menos fome pelo estômago ficar cheio por mais tempo. Isso faz com que pessoas que não precisem dos medicamentos para o controle do diabetes o utilizem para emagrecer. Essa é a chamada prescrição off-label, que é de inteira responsabilidade do médico que a fez.

Os agonistas da GLP-1 disponíveis no mercado brasileiro, atualmente, são a liraglutida (Victoza) e a exenatida (Byetta).

O Byetta é um exemplo de análogo de incretina encontrado no Brasil.

5. TIAZOLIDINEDIONAS

Essa classe de medicamentos de nomes ainda mais esquisitos – e vai ficar pior! – atua ao aumentar a sensibilidade das células à ação da insulina. A ação é bem parecida com a da metformina, porém, sem os efeitos colaterais de diarreia, gases, etc.

O ponto negativo é que, em algumas pessoas, pode causar inchaços nos membros, dores de cabeça e ganho de peso. Hoje, temos disponível no mercado a pioglitazona e a rosiglitazona.

6. OUTROS

Existem outros medicamentos orais para o controle do diabetes, como os amilinomiméticos, substâncias que imitam a ação do polipeptídeo pancreático, que diminui o esvaziamento do estômago, diminui a ação do glucagon e regula o apetite; inibidores da enzima alfa-glucosidade, que impedem a digestão total dos carboidratos – e portanto, a quantidade de glicose disponível nos intestinos para absorção é menor; os derivados das meglitinidas, que também aumentam a secreção de insulina; e os inibidores do SGLT-2, um transportador de glicose nos rins, que faz com que a glicemia abaixa ao desprezar glicose pela urina.

Estes medicamentos, porém, são praticamente inexistentes no mercado brasileiro, seja por não terem sido aprovados pela Anvisa ou por não serem comuns no Brasil. Porém, eles existem, e têm a função de controle glicêmico.
Muitos desses medicamentos surgiram de fontes naturais, e foram exaustivamente estudados até que soubéssemos como agiam e os efeitos colaterais que poderiam trazer. Por exemplo, a metformina foi descoberta na planta chamada lilás francês e o Byetta foi descoberto na saliva de um lagarto.

Assim, quando médico prescreve quaisquer dessas medicações, ele já leva em conta os efeitos colaterais e, principalmente, os efeitos benéficos para quem vai usar. Por esse motivo, usando os remédios conforme a prescrição médica e seguindo as orientações do educador físico e da nutricionista, o tratamento terá todas as chances de dar certo.

Até a próxima!Com a aprovação da alogliptina (Nesina) para o mercado brasileiro, pela Anvisa, uma velha questão volta a despertar o interesse de quem tem diabetes: como funcionam os remédios que usamos para controlar o diabetes? Será que eles são seguros mesmo?

Este artigo, então, vai explicar a você, caro leitor ou cara leitora, um pouquinho sobre eles.

Atualmente, podemos dividir os medicamentos, de maneira geral, em dois grandes grupos: o grupo das insulinas e o grupo das medicações orais. Os medicamentos orais são usados, quase em sua totalidade, por pessoas com diabetes tipo 2 – em alguns casos raros e específicos, sendo usados por quem tem diabetes tipo 1, como veremos adiante -, enquanto as insulinas são usadas por pessoas tanto com diabetes tipo 1 quanto diabetes tipo 2, e são a terapia indicada para as mulheres que têm diabetes gestacional.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

A associação dos diabéticos de Ilhéus deseja Feliz Natal!

A associação dos diabéticos de Ilhéus deseja a todos os amigos e colaboradores um Feliz natal e próspero ano novo!Que 2014 seja um ano cheio de novas alegrias,saúde,paz e compromisso com a vida!

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Você receberia transplante de um animal para curar seu diabetes?

Transplantes entre diferentes espécies, ou xenotransplantes, são alvos de diversas pesquisas científicas. Não depender de um doador humano para a realização de um transplante poderia salvar vidas de inúmeros pacientes em listas de espera. Evitar a rejeição, porém, é um problema difícil de ser superado. Cientistas da Northwestern University anunciaram no último mês que conseguiram transplantar, com sucesso, células produtoras de insulina de ratos para camundongos. Não apenas as células sobreviveram como não foi necessário o uso de drogas imunossupressoras para evitar a rejeição. O feito é o primeiro passo rumo ao objetivo dos cientistas: o transplante de células produtoras de insulina para seres humanos, visando uma cura para o diabetes tipo 1. “Essa é a primeira vez que um transplante entre diferentes espécies de células produtoras de insulina foi realizado com sucesso sem o uso de drogas imunossupressoras e que permitiu às células transplantadas viverem por tempo indeterminado”, diz Stephen Miller, um dos pesquisadores envolvidos no estudo. O grupo de células transplantadas, chamado de Ilhotas de Langerhans, contém as células produtoras de insulina, tanto para nós como para ratos e camundongos. Elas foram acompanhadas por mais de 300 dias após o transplante e produziram insulina normalmente, sem a necessidade de tratamentos com drogas para evitar a rejeição. COMO EVITAR A REJEIÇÃO? Evitar a rejeição era o grande desafio do estudo. Para isso, o método dos cientistas consistiu em dois processos. O primeiro deles envolveu esplenócitos, um tipo de célula de defesa do organismo. Uma amostra de esplenócitos dos ratos, os animais doadores, foi retirada, tratada com produtos químicos para causar a morte das células e injetada nos camundongos, os receptores. O processo fez com que o sistema imunológico dos camundongos reconhecesse as células dos ratos. Desse modo, o organismo dos camundongos não atacou as células dos ratos quando o transplante das Ilhotas de Langerhans foi feito. O segundo processo se concentrou em outra célula de defesa, chamada de linfócito B, responsável pela produção de anticorpos. Quando os cientistas tentaram o transplante pela primeira vez, os linfócitos B dos camundongos produziram anticorpos contra as células transplantadas dos ratos, levando à rejeição. Por isso, para realizar o procedimento com sucesso, foram utilizados anticorpos contra os linfócitos B para evitar o ataque às células transplantadas – método já utilizado em transplantes humanos. Quando os linfócitos voltaram a ser produzidos naturalmente após o transplante, eles não atacaram as células dos ratos. “Com esse método, 100% das células transplantadas sobreviveram indefinidamente”, diz Xunrong Luo, pesquisadora também envolvida no estudo. PERSPECTIVAS NO TRATAMENTO DO DIABETES TIPO 1 Xunrong Luo diabetes Você receberia transplante de um animal para curar seu diabetes? A pesquisadora Xunrong Luo, envolvida na pesquisa sobre xenotransplantes. Para pessoas com diabetes tipo 1, que não conseguem produzir insulina, o transplante de Ilhotas de Langerhans é uma alternativa de tratamento que ainda está em processo de aprimoramento. As taxas de sucesso vêm aumentando, porém ainda é um procedimento complexo e que requer de 2 a 3 doadores falecidos. O transplante a partir de animais de outras espécies, objetivo dos cientistas desse estudo, poderia facilitar o acesso ao procedimento. Apesar do sucesso nos experimentos, a pesquisa ainda está em estágio inicial e terá de superar as barreiras da rejeição em humanos, além de ser discutida em debates éticos. “Sabemos que Ilhotas de Langerhans de porcos conseguem produzir insulina e controlar a glicemia de humanos”, diz Luo. “Nosso objetivo é conseguir transplantar as células dos porcos para seres humanos, mas temos que dar um passo de cada vez”. Ricardo Aguiar é formado em Ciências Biológicas pela Unicamp e atualmente faz o curso de “Especialização em Divulgação Científica” no Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor), também pela Unicamp.
Fonte: http://www.mutiraododiabetico.com.br/noticias.asp?p=ler_noticia&cod_noticia=13099&categoria=Fique%20por%20dentro

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Bahiagás apóia Mutirão do Diabético de Itabuna

A Associação dos Diabéticos de Itabuna (Asdita) e o Hospital de Olhos Beira Rio receberam mais um importante apoio para a realização do 9º. Mutirão do Diabético, que acontece no próximo dia 9 de novembro. Pelo terceiro ano consecutivo, a Bahiagás está apoiando o evento, considerado o maior do Brasil no tratamento e prevenção de uma das doenças que mais mutilam e matam em todo o mundo. O convênio foi assinado com as presença do diretor presidente da Bahiagás, Davidson Magalhães, o coordenador o mutirão Dr. Rafael Andrade e os diretores do HOBR, Dr. Carlos Ernane, Dr. Ronaldo Netto e Dr. Vável Andrade. Fonte:http://www.mutiraododiabetico.com.br/campanhas/marketing.asp?codigo=1190&contato=Associacao%20Diabeticos%20Ilheus%20&codigo_contato=71471

10 coisas que você precisa saber sobre o diabetes

10 Coisas que Você Precisa Saber Sobre Diabetes
O diabetes se caracteriza pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina. O diabetes tipo 1 é resultante da destruição autoimune das células produtoras de insulina. O diagnóstico desse tipo de diabetes acontece, em geral, durante a infância e a adolescência, mas pode também ocorrer em outras faixas etárias. Já no diabetes tipo 2, o pâncreas produz insulina, mas há incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Esse tipo de diabetes é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, acima do peso, sedentárias, sem hábitos saudáveis de alimentação, mas também pode ocorrer em jovens. Confira 10 coisas que você precisa saber sobre os dois tipos mais comuns de diabetes: 1. No tratamento do diabetes, o ideal é que a glicose fique entre 70 e 100mg/dL. A partir de 100mg/dL em jejum ou 140mg/dL duas horas após as refeições, considera-se hiperglicemia e, abaixo de 70mg/dL, hipoglicemia. Se a glicose permanecer alta demais por muito tempo, haverá mais possibilidade de complicações de curto e longo prazo. A hipoglicemia pode causar sintomas indesejáveis e com complicações que merecem atenção. 2. Tanto insulina, quanto medicação oral podem ser usadas para o tratamento do diabetes. A insulina é sempre usada no tratamento de pacientes com diabetes tipo 1, mas também pode ser usada em diabetes gestacional e diabetes tipo 2 (quando o pâncreas começa a não produzir mais insulina em quantidade suficiente). A medicação oral é usada no tratamento de diabetes tipo 2 e, dependendo do princípio ativo, tem o papel de diminuir a resistência à insulina ou de estimular o pâncreas a produzir mais desse hormônio. 3. A prática de exercícios pode ajudar a controlar a glicemia e a perder gordura corporal, além de aliviar o estresse. Por isso, pessoas com diabetes devem escolher alguma atividade física e praticar com regularidade, sob orientação médica e de um profissional de educação física. 4. A contagem de carboidratos se mostra muito benéfica para quem tem diabetes. Os carboidratos têm o maior efeito direto nos níveis de glicose, e esse instrumento permite mais variabilidade e flexibilidade na alimentação, principalmente para quem usa insulina, pois a dose irá variar conforme a quantidade de carboidratos. Isso acaba com a rigidez no tratamento de antigamente, quando as doses de insulina eram fixas, e a alimentação também devia ser. É importante ter a orientação de um nutricionista. 5. As tecnologias têm ajudado no tratamento do diabetes. Os aparelhos vão desde os glicosímetros (usados para medir a glicose no sangue) até bombas de infusão de insulina e sensores contínuos de monitorização da glicose. 6. Se o diabetes não for tratado de forma adequada, podem surgir complicações, como retinopatia, nefropatia, neuropatia, pé diabético, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, entre outros. Se o paciente já estiver com diagnóstico de complicação crônica, há tratamentos específicos para ajudar a levar uma vida normal. 7. A educação em diabetes é muito importante para o tratamento. Não só o paciente precisa ser educado, mas também seus familiares e as pessoas que convivem com ele. Assim, o paciente pode ter o auxílio e o suporte necessários para um bom tratamento e tomar as decisões mais adequadas com base em conhecimento. 8. Muitos casos de diabetes tipo 2 podem ser evitados quando se está dentro do peso normal, com hábitos alimentares saudáveis e com prática regular de atividade física. 9. O fator hereditário é mais determinante no diabetes tipo 2. Ainda se estuda o que desencadeia o diabetes tipo 1 e, por enquanto, as infecções, principalmente virais, parecem ser as maiores responsáveis pelo desencadeamento do processo autoimune. No tipo 2, os casos repetidos de diabetes em uma mesma família são comuns, enquanto a recorrência familiar do diabetes tipo 1 é muito pouco freqüente. 10. Ainda não há cura para o diabetes. Porém, estão sendo realizados estudos que, no futuro, podem levar à cura. Para o diabetes tipo 1, está sendo estudada a terapia com células-tronco em pacientes recém-diagnosticados. Já para o diabetes tipo 2, os estudos com a cirurgia de redução de estômago (gastroplastia) têm mostrado aparentes bons resultados, mesmo em pacientes que não estão acima do peso. Salienta-se que esses métodos ainda são absolutamente experimentais. Fonte: www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-diabetes/

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Você acha que seu diabetes está sobre controle?

Como todos sabemos o diabetes é uma doença silenciosa. Em outras palavras, ele tem a capacidade de nos trazer problemas sem entretanto nos dar alarmes. Infelizmente, de maneira geral procuramos ajuda quando temos sintomas como dor, febre, sangramento, extremo mal-estar, etc. É neste nosso ponto fraco que o diabetes pode nos surpreender negativamente.
Homens, carne vermelha e diabetes: uma relação perigosa! Muita gente concorda que poucas coisas na vida são mais prazerosas do que apreciar uma boa carne – ainda mais no Brasil, o país do churrasco! Uma nova pesquisa japonesa, todavia, coloca um freio na voracidade carnívora ao descobrir que o consumo de carne de porco e vaca pode aumentar bastante os riscos de diabetes tipo 2 em homens. O estudo nipônico foi bastante amplo, envolvendo mais de 64 mil voluntários, cinco anos de acompanhamento de seus registros de saúde e times de cientistas do Centro Nacional do Câncer e Centro Nacional de Saúde Global e Medicina japoneses. Todos os 64 mil voluntários não estavam com diabetes no começo do estudo. Após cinco anos, 1200 deles já haviam recebido o diagnóstico de diabetes tipo 2. Os cientistas então correlacionaram o consumo de carne com a incidência da doença. Os resultados revelam informações interessantes. Em primeiro lugar, o que mais chama a atenção é que o maior consumo de carne foi associado a maiores chances de diabetes tipo 2 apenas em homens. Os dados apontam que os homens que consumiam mais carne (cerca de 83g todos os dias) tinham chances 42% de desenvolver diabetes tipo 2 do que os homens que comiam menos carne (15g diárias). Outro dado relevante é que comer derivados de carne, como presuntos e salsichas, parece não interferir nos riscos do diabetes.
Fonte: http://www.mutiraododiabetico.com.br/noticias.asp?p=ler_noticia&cod_noticia=13090

sexta-feira, 29 de março de 2013

FELIZ PÁSCOA!

A A.D.I., deseja a todos uma Santa e Feliz Páscoa! Ainda hoje somos homens e mulheres de passagens; somos filhos da Páscoa. Os mares existem; os cativeiros também. As ameaças são inúmeras. Mas haverá sempre uma esperança a nos dominar; um sentido oculto que não nos deixa parar; uma terra prometida que nos motiva dizer: Eu não vou desistir! E assim seguimos. Juntos. Mesmo que não estejamos na mira dos olhos. O importante é saber, que em algum lugar deste grande mar de ameaças, de alguma forma estamos em travessia... Pe. Fábio de Melo