segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Um peso normal, uma vida saudável, um corpo bonito.

O alimento deve ser belo para despertar o apetite, saboroso para agradar ao paladar e nutritivo para satisfazer às necessidades do corpo. No entanto, nem sempre foi assim: nos primórdios o homem acordava aos primeiros sinais da luz do dia e iniciava uma nova jornada por alimentos. Com muita sorte encontrava frutas, um peixe, uma caça e se alimentava sem a certeza de sua próxima refeição. A mulher inspirada na Deusa CERES e com seu instinto de cuidado e proteção da prole, percebeu que o alimento poderia ser produzido em seu próprio ambiente. E o homem dominou o fogo e o aplicou na preparação dos alimentos, tornando-nos mais humanos. A alimentação hoje, é ciência e arte que nos deixa mais fortes, mais bonitos e mais resistentes às doenças. A Sociedade Brasileira de Diabetes reconhece que uma alimentação saudável é essencial ao controle do diabetes e no dia 31 de agosto, dia do Nutricionista, agradece a todo o carinho e dedicação desses profissionais. www.diabetes.org.br

Recomendações da SBD para aplicação de Insulina

Em 2009, em Atenas, na Grécia, aconteceu o 3º Workshop sobre técnica de aplicação de insulina. Ao final deste evento, que envolveu 127 participantes, dentre os quais havia médicos, enfermeiros, psicólogos e educadores de 27 países diferentes, foi elaborado um documento no qual constavam recomendações formais, baseadas em evidência, quanto a administração de drogas por via subcutânea para pessoas com diabetes. Este artigo, publicado no periódico “Diabetes & Metabolism” em 2010, por Frid e colaboradores, foi a base para a confecção das Diretrizes da SBD em 2011. A existência de tais orientações é de suma importância, uma vez que estima-se que até 50% dos pacientes já tenham aplicado insulina intramuscular inadvertidamente; 7% não sabem que tamanho de agulha utilizam; 21% admitem utilizar um mesmo sítio durante 1 dia inteiro ou mais e 35% dos usuário de NPH referem não homogeinizar a suspensão antes de usar. O emprego de técnica inapropriada pode ocasionar hipoglicemia, em caso de introdução intramuscular da agulha, ou lipodistrofia em pessoas que não fazem rodízio adequado do sítio de injeção. Foram elaboradas 14 recomendações pela SBD, das quais merecem destaque as seguintes: Crianças e adolescentes devem utilizar agulhas de comprimento de 4, 5 ou 6 mm. Não há nenhuma razão médica para se recomendar nesta população agulhas de 8 mm ou maiores. Adultos (independente do IMC), devem usar agulhas de no máximo 6 mm. Ou seja, 4,5 ou 6 mm são comprimentos adequados. Não se recomenda agulhas de 12,7 mm ou maior. A insulina em uso, esteja ela em caneta, refil ou frasco, pode ser armazenada em temperatura ambiente (desde que não ultrapasse 30º C) ou sob refrigeração de 2 a 8º C (gaveta dos legumes ou na última prateleira da geladeira / evitar a porta ou as prateleiras mais próximas do congelador). Após abertas devem ser utilizadas em no máximo 30 dias, sempre respeitando o prazo de validade descrito na embalagem. A homogeinização da insulina NPH deve contemplar idealmente 20 ciclos. Não se recomenda a reutilização de agulhas devido ao risco de infecção local, entrada de ar e desperdício de insulina. Após aplicação de insulina feita com caneta, aguardar 10 segundos no mínimo. Em caso de doses maiores esperar mais tempo antes de desconectar da pele. A prega cutânea é desnecessária para adultos fazendo aplicação a 90º e utilizando agulhas de 4,5 ou 6 mm. Recomenda-se a prega para crianças e adolescentes e adultos, quando a região escolhida para aplicação for escassa de tecido subcutâneo, independente do comprimento de agulha usado. As recomendações na íntrega, podem (e devem) ser obtidas através da SBD. Outras informações importantes a serem observadas: 1) gestantes podem utilizar o abdome no 1º e 2º trimestre, desde que usando prega cutânea. Deve evitar a região peri umbilical no 3º trimestre. Neste período os flancos continuam sendo opções válidas; 2) Na falta de local próprio para descarte do material pérfuro-cortante, utilizar um recipiente de paredes rígidas, com boca larga e tampa ou então encaminhar o lixo hospitalar gerado a unidade básica de saude mais próxima uma vez por semana. Por fim vale ressaltar que estas novas diretrizes trazem uma importante modificação conceitual: a partir de agora não há necessidade de recomendar agulhas mais longas para os pacientes obesos, como se fazia antigamente. Esta sub-população de diabéticos pode e deve ser contemplada por agulhas menores e mais confortáveis, sem prejuízo para a entrega da insulina. Dr. Roberto Luís Zagury Membro da Diretoria da SBD Rio de Janeiro Endocrinologista do Hospital Federal da Lagoa e do IEDE

ITABUNA - NOVEMBRO AZUL