sábado, 5 de maio de 2012
Onde aplicar a insulina durante a gravidez?
Entrevista com o endocrinologista Carlos Antonio Negrato, diretor do Departamento de Diabetes Gestacional da SBD
Um dos locais mais comuns utilizados para a aplicação de insulina é a região abdominal. Durante a gestação, algumas mulheres com diabetes têm receio de usar esse local para a aplicação da insulina, por não saber se a proximidade com o feto pode trazer alguma consequência ao bebê. O medo não tem fundamento, como explica o endocrinologista Carlos Antonio Negrato, diretor do Departamento de Diabetes Gestacional da SBD.
Carlos Antonio Negrato - "A insulina, quando usada na gravidez, deve ser aplicada do mesmo modo como é feito fora do período gestacional. Isso quer dizer, as mesmas orientações que a paciente recebe quando vai iniciar o uso desse tipo de medicamento valem durante a gestação: de preferência, utilizar o rodízio nos locais de aplicação, como deve ser feito fora da gravidez.
Vale lembrar que os melhores locais são a região do abdômen, para cima, para baixo, para a esquerda e para a direita, desde que a dois dedos do umbigo, ou a região posterior do braço, dois dedos acima do cotovelo e dois dedos abaixo do ombro.
A coxa pode ser outro local escolhido, tanto na parte da frente como na lateral, à distância de três dedos do joelho e três dedos da região inguinal - que é o ponto onde termina o tronco e começa a coxa. Finalmente, também é possível fazer a aplicação na região do glúteo, no quadrante superior externo. Esses locais são os mais indicados porque é onde se concentra a maior quantidade de tecido subcutâneo, que fica abaixo da derme e acima do tecido muscular.
Aplicar insulina na região abdominal não traz qualquer tipo de problema para a mãe ou para o feto, pois o local onde a insulina é injetada fica distante de onde o feto se encontra. Mesmo sem riscos para o bebê, fazer o rodízio é recomendado porque essa é a melhor maneira de evitar a lipodistrofia - espécie de acúmulo (lipohipertrofia) ou de diminuição da gordura subcutânea (lipohipotrofia) que prejudica a absorção da insulina.
Atualmente, a incidência de lipodistrofia é muito raramente constatada. A insulina humana e os análogos de insulina que induzem à menor formação de anticorpos tornaram essa ocorrência praticamente inexistente."
Fonte: www.diabetesnoscuidamos.com.br
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